O
Instituto Kabu (organização indígena Kayapó) e o Instituto Menire (organização
indigenista mista) e mulheres Kayapo da aldeia Pukanu vêm a público informar e
agradecer a parceria com a empresa Farm.
O
Projeto Menire busca desde 2006 que arte das mulheres Kayapó seja reconhecida e
uma alternativa de renda sustentável que valoriza e preserva a cultura deste
povo, e assim, contribuir ainda mais para a preservação da floresta. A região
da BR-163 em que vivemos tem sofrido com as maiores taxas de desmatamento da
Amazônia e as Terras Indígenas Baú e Menkrãgnoti tem sido uma barreira ao
desmatamento que os brancos fazem. Ao preservar a floresta, os Kayapó estão
ajudando a todos, índios e não índios.
Apesar
do preconceito que envolve a arte indígena em nosso país que tem sido tratada
como artesanato barato, nós não abandonaremos a oportunidade de ter o
reconhecimento merecido e que as mulheres Kayapó da aldeia Pukanu possam viver
em sua cultura sem precisar sair de suas aldeias para conseguir piokaprin
(dinheiro) para adquirir bens de consumo que os brancos introduziram desde o
contato.
Depois
de muitos anos de luta conseguimos que uma empresa brasileira tivesse a coragem
de fazer uma parceria conosco e nos tratar com respeito e sem preconceito.
Fomos tratados como GENTE, como BRASILEIROS QUE SOMOS, com uma cultura
diferente, MAS BRASILEIROS.
Dizem
que os índios “só querem dinheiro”, mas quem só pensa em dinheiro são os
brancos. Só porque fizemos uma parceria com uma empresa séria e essa empresa
tem uma parceria com uma marca internacional, querem desqualificar o trabalho
das índias e afastar a nossa parceria com a FARM que foi discutida na aldeia,
tudo que é da lei dos brancos e dos índios foi cumprida e traduzida na nossa língua
para podermos entender e discutir. Estamos felizes e orgulhosos do nosso
trabalho!
Também
lutamos para garantir uma alternativa de renda sustentável para as mulheres da
aldeia Pukanu. Se você quiser conhecer mais de nosso trabalho, são bem-vindos.
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